Jardim das Letras

Um ano após, D. Pedro I executava o grito do Ipiranga, cortando os laços que consumiam as nossas riquezas, que nos afogavam em impostos, que nos atiravam ao medo dos aprisionamentos infligidos pelas tropas portuguesas a quem ousasse ir contra a coroa. Será que alguma coisa mudou passados 203 anos ou será que a história deu um passo atrás e voltamos a viver num império absolutista?

Em nossos tempos, também temos deuses, mas que ao contrário, se refastelam com lagostas e caviares vindos dos reinos de Poseidon, com vinhos finos e delirantes de Pã, com o poder desmedido de Zeus, senhor dos relâmpagos...

Os melhores profissionais foram convidados. O mestre dos músicos, o chefe da guarda, a chefe de cerimônias, o mestre da decoração, a melhor costureira, todos os artesãos e a melhor cozinheira, famosa por seus salgados e doces. Todos estavam eufóricos e queriam participar.

Lembrei-me então do singelo dente-de-leão. Uma flor tão frágil e vulnerável com um nome tão forte e destemido. Uma contradição ou uma missão