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Antoine Saint-Exupéry

Hoje, dia 29 de junho, comemora-se 125 anos que Antoine Exupery veio ao mundo, nascido em Lyon – França em 1900, de uma família de condes.

Estudou mecânica no colégio jesuíta e aos 21 iniciou o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo. Aos 22 já tinha o brevê para piloto civil e militar, com posto de subtenente da reserva. Aos 26 é admitido na empresa de aviação Aeropostale, onde começa a sua carreira de piloto de linha, voando entre Toulose e Dacar. Nesta época escreveu o seu primeiro livro O Aviador e chefiou um posto em Tarfaya (Cabo Juby), ao sul do Marrocos, uma das paradas do Aeropostale. Os nativos lhe deram o codinome de Senhor das Areias.

Em 1929 escreveu o livro Correio do Sul, e passou 2 anos na América do Norte. Em 1931, numa recepção realizada pela Aliança Francesa em Buenos Aires, Antoine conhece Consuelo, uma salvadorenha, de família rica dona de fazendas de café, que estudou nos Estados Unidos, França e México, aos 30 anos, viúva do 2º casamento.

"Saint-Exupéry ficou encantado com a sua beleza, inteligência e simpatia. Consuelo tinha um magnetismo a que ninguém escapava e uma sensualidade que encantava os homens.  Para ele, ela era uma jovem mulher, delicada e graciosa. Apaixonou-se, dizia ele, pela sua magnífica boca e, sobretudo, pelo seu lábio superior, que tinha a forma de um coração".

Passearam de avião, iniciando o romance que logo virou casamento, tendo ela recebido o título de Condessa de Saint-Exupéry, para desgosto da família dele. Mas, não foi um relacionamento tranquilo, com as frequentes viagens de Antoine, havia brigas, traições mútuas, separavam-se e voltavam a se juntar, com momentos de muita paixão. "Esse casamento intenso e tumultuado, era acalmado pelas cartas amorosas que trocavam quando estavam distantes, onde se podia perceber a profundidade do sentimento que os unia".

Foi em 1943, quando estavam em Nova York, que ele lançou a obra mais importante da sua vida - O Pequeno Príncipe, um dos livros mais lidos no mundo, com 200 milhões de cópias, que o eternizou por muitas gerações.

A quem diga que o livro seria uma carta de amor a Consuelo, um pedido de desculpas pelas suas infidelidades, uma alegoria da sua vida, suas reflexões e arrependimentos, onde a figura da sua frágil rosa, tornava-se a mais importante do que todas as outras do jardim. Consuelo sofria de asma e a rosa tossia e precisava de uma redoma.

A última tarefa de Saint-Exupéry foi recolher informações sobre os movimentos de tropas alemãs em torno do Vale do Ródano, antes da invasão aliada no sul da França. No dia 31 de julho de 1944, ele partiu de uma base aérea na Córsega e não retornou mais.

Em 1998, um pescador encontrou em Marselha, uma pulseira com seu nome e da esposa, e um arqueólogo submarino o seu avião, P-38 Lightning, mas seu corpo nunca foi encontrado.

Infelizmente, ele morreu antes de ver o sucesso do seu livro, que enternece até hoje os nossos corações. Quem sabe ele tenha voado com o principezinho para o seu pequeno planeta.

Fica aqui a nossa homenagem a este autor, que foi capaz de nos brindar, através das suas pinturas e profundas reflexões, as incongruências e falhas do mundo adulto, revisitando a essência do que realmente importa.

Gratidão por sua passagem neste planeta Antoine!

O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração!

Antoine e Consuelo de Saint-Exupéry
Antoine e Consuelo de Saint-Exupéry

 
 
 

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