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Consciência x Conveniência

Atualizado: 8 de jul.

É incrível como se perdeu a ideia de coletividade e união neste nosso tempo. Até mesmo nas copas do Mundo do futebol, onde sentíamos explodir em nossos corações o sentimento adormecido de amor à Pátria, onde Nações se uniam para disputar a bola - a esfera branca da Paz - sob o mais puro espírito esportivo, tudo isso se perdeu, não existe mais.


A globalização aproximou os 4 cantos do planeta, mas não uniu ninguém, pelo contrário, pensamentos dualistas e individualistas dividiram muitos países, trazendo o caos, os conflitos e as guerras. A identidade de cada povo, seus ritos, costumes, sua essência, foram pasteurizados pela “imitose” mundial, desqualificados pela impaciência de resultados imediatos. A tecnologia invadiu países, casas e vidas, distanciando em telinhas os membros da própria família. Cada um no seu quadrado e ninguém em lugar nenhum. Por onde anda a mente sequestrada dessas pessoas?

O foco passou a ser o indivíduo nas suas conveniências (aquilo que atende ao gosto, às necessidades, ao bem-estar de cada um). Nichos, tribos, serviços diferenciados objetivam dar status para alguns e atender aos seus caprichos. Particularizando as vontades. Sair do sofá nem é mais preciso.


O "outro" já não é mais percebido, nem sentido, mesmo que esteja ao seu lado. A amizade se esvaziou do calor humano, os "likes" passaram a ser abraços distantes, frios e suficientes. As pessoas se esconderam do sol, se esquivaram dos almoços em família, das brincadeiras ao ar livre, negaram o olhar grato e amoroso, aos seres ao seu redor e à belíssima paisagem que lhes foi dada. Viraram avatares.


Mas, se faz necessário bradar que - Não somos uma bolha flutuante! Somos partes de um todo, somos células neste corpo vivo chamado Terra, nossa nave-mãe generosa. O que atinge um, atinge a todos. Precisamos voltar a nos ver como irmãos, a nos importar com o nosso "outro Eu e próximo". Deixar de ser, coniventes com as conveniências que nos transformaram em seres egocêntricos e robóticos.

Estamos dependentes e encarcerados nessa prisão viciante das redes. Vamos cortar aos poucos esta ligação, passando mais tempo na natureza, com os nossos entes queridos. Aproveitar para ter um olhar mais compassivo para com os nossos familiares, nossos pais e avós, ouvindo-os, cuidando-os, pois sem eles não estaríamos aqui e a qualquer momento eles podem partir.


Vamos voltar a amar o sol, a abraçar com vontade, a beijar de verdade, a rir com leveza, a dançar com alegria genuína. A respirar sem medo, a pensar no todo, a agir além das possibilidades. Talvez, tenhamos que perder para valorizar tudo isso, e esta seja a nossa amarga lição, para construirmos um mundo melhor e a amar mais o nosso chão.


Desconectem-se do efeito anestesiante da tecnologia, e voltem para a vida real, para criar, plantar, acariciar, nutrir, orar e agradecer por esta oportunidade de estarmos juntos no aqui e agora! Mais consciência do que conveniência é o que desejo para todo o nosso planeta, para todos nós!

Acordem dessa ilusão, porque o tempo está a findar!


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